Morreu professora com doença oncológica que não conseguiu ficar colocada na MPD

Desejamos as devidas condolências à família. ✨

Morreu professora com doença oncológica que não conseguiu ficar colocada perto de casa no regime de mobilidade por doença - CNN Portugal (iol.pt)

O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) anunciou esta sexta-feira a morte de uma professora, com uma doença oncológica, que foi colocada a mais de 200 quilómetros de casa este ano letivo, devido às novas regras da mobilidade por doença. Chamava-se Josefa Marques e tinha 51 anos. Era docente do 1º Ciclo. Recorreu ao Ministério da Educação, devido à sua situação, mas nunca obteve resposta.

Segundo a informação avançada pelo SPRC, "nos últimos anos", a professora "encontrava-se colocada no concelho de Almeida, onde residia, ao abrigo do regime de Mobilidade por Doença (MpD)". "A colocação de Josefa Marques no concelho de residência permitia-lhe ser apoiada pela família, mas, também, exercer a profissão de que tanto gostava", diz o sindicato, em comunicado.

Mas, este ano, "devido à alteração do regime de MpD, à professora Josefa Marques foi reconhecida a doença incapacitante de que padecia, mas não foi deslocada para Almeida por, na sequência das novas regras impostas pelo Ministério da Educação, não ter obtido vaga". "Acabou colocada, através do mecanismo de Mobilidade Interna, em Oleiros, a 207 quilómetros de casa. Recorreu ao Ministério a Educação, expondo a sua situação, mas não chegou a receber qualquer resposta", continua a nota.

Ainda de acordo com o comunicado enviado aos órgãos de comunicação social pelo Sindicato dos Professores da Região Centro, a docente estava sob "grande pressão psicológica" e devido à "conjugação dessa situação com as fragilidades de quem estava a fazer quimioterapia", acabou por entrar de baixa médica. O sindicato faz questão de referir que Josefa Marques era "uma das 2000 baixas a que o ministro se tinha referido". 

"Na passada sexta-feira faleceu, na sequência de um derrame cerebral", avança o (SPRC) que garante que "os seus últimos dias foram vividos em profunda tristeza".

O sucedido levou o sindicato a decidir fazer este comunicado, denunciando a situação vivida por esta professora e considerando "lamentável e vergonhoso o sofrimento a que muitos professores estão a ser submetidos no nosso país, ainda por cima implicitamente responsabilizados por, ao terem de recorrer a baixa médica, serem a causa da falta de professores". E defende mesmo que "os responsáveis do Ministério da Educação não estão isentos de responsabilidade moral por esta e outras situações que venham a ocorrer".



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