Associação Nacional de Professores de Informática preocupada com falta de estratégia na distribuição de computadores nas escolas

Associação Nacional de Professores de Informática preocupada com falta de estratégia na distribuição de computadores nas escolas


Associação preocupada com falta de estratégia na distribuição de  computadores nas escolas - Portugal - SÁBADO

A "ausência de estratégia de distribuição, apoio e manutenção dos equipamentos e a inexistência de recursos humanos", bem como os roubos de computadores inquieta professores de informática.


A Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) está preocupada com a ausência de estratégias de distribuição, apoio e manutenção dos equipamentos informáticos e falta de recursos humanos nas escolas no âmbito do Plano de Transição Digital.

Em comunicado, a ANPRI diz que os professores de informática concordam com a implementação do Programa Escola Digital Kit de Computador e de Conectividade, que disponibilizará um computador com acesso à internet a cada aluno e professor, mas estão preocupados com algumas questões.

Entre elas, a ausência de estratégia de distribuição, apoio e manutenção dos equipamentos e a inexistência de recursos humanos para realizar as tarefas que serão agora responsabilidade dos Agrupamentos de Escolas/Escolas Não Agrupadas.

A ANPRI está também preocupada com a não assunção do perfil, das atividades e do tempo a atribuir à Equipa de Desenvolvimento Digital (EDD) de cada escola bem como com a segurança dos alunos, que passam a transportar mais equipamentos.








“Quem está nas escolas tem a noção dos roubos, quer no interior das escolas, quer nas imediações” dos estabelecimentos de ensino, é referido.

A associação destaca também a “ausência de um plano e envelope financeiro correspondente, seja por parte do Ministério, seja por parte dos municípios para o reforço das estruturas, cablagens e tomadas elétricas e o provável aumento da potência da eletricidade”.

A associação lembra que as escolas, salvo raras exceções, não têm técnicos de informática e no final da aquisição e entrega dos kit’s os agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas mais pequenos terão cerca de 1.000 computadores e os maiores mais de 3.000 à sua responsabilidade.
Estas tarefas, a serem realizadas por professores de informática ou outros docentes, constituem um claro abuso das suas competências definidas no Estatuto da Carreira Docente e ajustam-se no perfil de um ‘técnico de informática’ que não existe na maioria das escolas”, sublinha a ANPRI.

Apesar das situações apontadas, a ANPRI congratula-se com a implementação do Plano de Transição Digital pelo Governo, salientando que se revêm na estratégia relativa à definição de três kit’s de computadores com especificações diferentes, por ciclo de ensino, tendo em conta que as necessidades dos alunos são diferentes.

“Apoiamos a intenção de que os computadores, apenas, sejam cedidos aos alunos e não doados. A situação garante o acesso a todos os alunos à tecnologia como meio de aprendizagem e garante que os equipamentos continuem ao serviço da comunidade educativa da respetiva escola, evitando o erro da estratégia do passado Plano Tecnológico da Educação”, refere ainda a associação.
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